Este é um tempo incerto e complexo em que importa saber construir novas ideias e propostas para um futuro comum no qual todos temos a responsabilidade individual e coletiva de participar. Os desafios com que a economia e a sociedade são confrontados neste novo tempo pós pandemia suscitam uma abordagem inteligente de todos os atores [...]

Este é um tempo incerto e complexo em que importa saber construir novas ideias e propostas para um futuro comum no qual todos temos a responsabilidade individual e coletiva de participar.

Os desafios com que a economia e a sociedade são confrontados neste novo tempo pós pandemia suscitam uma abordagem inteligente de todos os atores que integram os diferentes ecossistemas que dão corpo a uma nova forma de abordar as questões e problemas com que vamos sendo confrontados.

São várias as palavras chave que gestores e responsáveis das organizações terão cada vez mais que ter em atenção – um sentido estratégico de propósito corporativo aos diferentes níveis internos, a procura de um contexto de confiança que reposicione a relação com os diferentes stakeholders externos.

Precisamos de dar um novo sentido a um objetivo claro de inteligência coletiva que permita a organização reforçar o seu nível de percepção numa sociedade que se pretende aberta e participada. Serão as organizações inovadoras e criativas aquelas que serão capazes de liderar este novo ciclo estratégico que temos pela frente.

A inovação estará mais do que nunca no centro da estratégia corporativa – não poderá ser uma inovação a qualquer preço, definida por decreto. Terá que ser uma inovação aberta, centrada num processo de partilha e discussão com fornecedores, clientes, competidores e outros parceiros relevantes.

A organização tem assim a oportunidade de promover uma nova agenda estratégica para o futuro. Uma agenda que se pretende seja um compromisso entre a aprendizagem do passado, as lições do presente e o processo de projeção permanente do futuro.

As organizações existem para criar valor. A leitura que é feita do valor criado no contexto interno deve ser projetada para fora da organização. O valor deve ser assim partilhado de forma inteligente para poder ser um fator de integração estratégica da empresa no ecossistema em que atua.

Mudar faz parte da agenda estratégica de qualquer organização. O imperativo de mudar deve fazer parte do sentido de confiança da organização e de todos que a compõem no futuro. Devemos ser capazes de fazer da mudança e base para um novo tempo em que temos que saber ser diferentes.

Francisco Jaime Quesado, Economista e Gestor